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 VOCÊ SABIA...que, no dia 29 de março de 1910, foram dados os primeiros passos para a efetivação daquele que seria o RAMAL FERROVIÁRIO DE RIBEIRÃO PRETO A GUATAPARÁ, da Companhia Mogiana?  Pelo Governo do Estado, foram aprovados os projetos da construção de dois ramais. Através do decreto n.1.773, de 1° de outubro de 1909 foi aprovado o ramal de São Simão até Jatahy, com o objetivo de chegar à Fazenda Jatahy, grande produtora de café do município de São Simão, e sua vila (hoje Luiz Antonio). Pelo decreto de n° 1849, de 29 de março de 1910, foi aprovada concessão para explorar uma linha, de Jatahy ao município de Ribeirão Preto. O prolongamento concedido em 1910 chegaria a locais do município e à cidade de Ribeirão Preto, passando pelas fazendas Capão da Cruz, Guatapará, em sua seção chamada Monteiros, Restinga e Piraju, perfazendo a extensão aproximada de 120 km, constituindo o que foi denominado pela Cia. Mogiana como Ramal de Jatahy e Piraju. De acordo com os estudos aprovados, o ramal de Jatahy e Piraju foi dividido em 4 (quatro) secções ou trechos, sendo a primeira com 22.600 metros; a segunda com 30.600 metros, a terceira com 31.170m,5 e a quarta com 35.540 metros, no total de 119.910,5 metros.  O primeiro trecho foi inaugurado em 15 de novembro de 1910, com duas estações Santa Elisa e Jatahy. Em 13 de junho de 1911, deu-se a inauguração do 2° trecho (mais 25 km, quase a totalidade da 2° seção), sendo abertas nesta mesma data as estações de Gironda, Tatuca e Capão da Cruz.  No dia 1° de junho de 1912, foram inaugurados o restante da 2° seção e uma parte da terceira até a estação de Monteiros, uma seção da Fazenda Guatapará. Em 1° de outubro do mesmo ano, foi entregue o trecho até a estação de Mendonças, junto à Fazenda Piraju, totalizando 71 km do ramal em operação. O ramal foi concluído em 1913, com a inauguração de parte da 3° seção e a totalidade da 4° seção, entre as estações de Mendonças e a cidade de Ribeirão Preto, completando 120, 6 km de extensão, somando 11 estações com a inauguração da "Domingos Villela" (na fazenda deste cafeicultor, conhecido por Cel. Mingote), "Francisco Maximiano" (Fazenda Baixadão, de Quito Junqueira), "Joaquim Firmino" (Fazenda Santa Rita, do Cap. Joaquim Firmino de Andrade Junqueira) e "Silveira do Val" (Fazenda Santa Teresa), todas estas quatro inauguradas em 30 de março de 1913.  A linha da Mogiana não chegava à sede do Distrito de Guatapará (pertencente a Ribeirão Preto), porque era área restrita da Cia. Paulista, que ali tinha uma estação desde 1901, e que fazia parte do então chamado ramal do Mogi-Guaçu (mais tarde, em 1930, por aí passou a correr a linha-tronco da Paulista, de bitola larga). Todavia, em 1914, em virtude de acordo entre a Mogiana e a Paulista, que previa a ligação das suas linhas nesse local, estendeu-se os trilhos da Mogiana à sede do Distrito, a partir da estação de Monteiros, passando pela estação Vila Albertina, distante 5,8 kms de Guatapará e, assim, uma estação pode ser ali inaugurada, completando, assim, o trajeto Ribeirão Preto a Guatapará. Sobre o trecho da linha tronco entre Cravinhos-Bonfim-Ribeirão Preto , da Cia. Mogiana,  seguia ela por onde é, hoje, a Avenida Caramuru. Ao passo que o ramal de Guatapará, da estação central (onde hoje é o Terminal Rodoviário e a UBDS Central), seguia em direção à rua Guatapará (altura do Estádio "Costa Coelho"- Avenida Primeiro de Maio) , cruzando,  ali,  a saída para Sertãozinho, adentrando a Vila Virgínia,  seguindo o leito hoje ocupado pela Avenida Patriarca. Passava a depressão de terreno, onde é hoje o depósito das Casas Bahia,  de um lado,  e os Condomínios “Vista Alegre” e “Garden Villa”, do outro, vindo o ex-leito a transformar-se em uma estrada municipal. Neste trecho, no sentido Guatapará, a primeira estação, Silveira do Val, nas terras da Fazenda Santa Teresa, distava cerca de 9,5 kms da estação central de Ribeirão Preto. Após a Silveira do Val, seguiam as estações Joaquim Firmino (+11 km), Francisco Maximiano (+8 kms), Domingos Villela (+9,9 kms), Mendonças (+11,10kms), Monteiros (+11,8 kms), VilaAlbertina (+5,8 kms) e Guatapará(+6,20 Kms), pefazendo um total de 73,40 kilometros. Ainda observando o mapa da presença da CIA.MOGIANA, no que diz respeito ao RAMAL DA JATAHY e do RAMAL DE GUATAPARÁ uma curiosidade surge no que diz respeito à área abrangida. Já nos referimos em outros textos àquela imensa FAZENDA DO LAJEADO, cujos limites se iniciavam na foz do córrego Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, abrangendo toda a área que constitui os municípios de Luiz Antonio (antiga Jatahy), Pradópolis, Guatapará, Barrinha e boa parte de Sertãozinho, Dumont e Ribeirão Preto, indo até a desembocadura do rio da Onça, no Mogi Guaçu e, por aqui, chegando até a Mata de Santa Tereza, perfazendo um total de mais de 70.000 alqueires. Ainda sesmaria foi adquirida, em 1825, de Bernardo Avelino de Gavião Peixoto pelo casal Ana Claudina Junqueira e Luiz Antonio de Souza Diniz, que formou a fazenda e deu origem ao ramo JUNQUEIRA, de Ribeirão Preto. Portanto, quando esses ramais foram construídos essa família e outras agregadas a ela eram detentoras de grande parte das fazendas dessa área, grandes produtoras de café, que davam sustentação ao empreendimento ferroviário da Cia. Mogiana.  Por ocasião de sua implantação, algumas áreas já haviam sido vendidas, como aquelas que formaram as fazendas Dumont (de José Bento Junqueira para Henrique Dumont) , São Martinho e Guatapará (de Luiz Herculano de Souza Junqueira para Rodrigo Pereira Barreto, que as alienou para a Família Silva Prado). Os nomes das estações confirmam a assertiva acima: A Estação “Silveira do Val”, no interior da Fazenda Santa Tereza, recebeu o nome de família dos seus proprietários: Eugênio do Val, filho do formador João Gomes do Val e Chiquinha do Val, foi casado com Alzira, filha do Cap. Joaquim Firmino de Andrade Junqueira, neto dos citados Ana Claudina e Luiz Antonio. A estação “Joaquim Firmino”, no interior da Fazenda Santa Rita, recebeu o nome do seu proprietário Cap. Joaquim Firmino de Andrade Junqueira, segundo filho de Francisco Maximiano Diniz Junqueira, por sua vez terceiro filho do casal Ana Claudina e Luiz Antonio. A estação “Francisco Maximiano”, na fazenda Baixadão, área herdada por esse terceiro filho de Ana Claudina e Luiz Antonio, casado com Mariana Junqueira (que deu nome à rua), pais, além do Cap. Joaquim Firmino, de Ana Claudina (casou-se com Domingos Villela), Francisco Maximiano (Quito), esposo de Sinhá Junqueira e Maria Emerenciana, que se casou com o Cel. Joaquim (Quinzinho)da Cunha Diniz Junqueira, o grande líder político do PRP (dono da faz. Boa Vista, também na área). Na ocasião da construção da estação "Francisco Maximiano, na fazenda Baixadão, esta pertencia a Quito Junqueira, não se sabendo ao certo se o nome foi em sua homenagem ou em homenagem a seu pai, o que é mais provável. A Estação “Domingos Villela” foi construída na área pertencente a esse cafeicultor, casado com Ana Claudina, terceira filha de Francisco Maximiano, também terceiro filho do casal patriarca. A Estação “Mendonças”, junto à Fazenda Piraju, que pertencia à família Mendonça Uchoa. Duas filhas de Ana Claudina e Domingos Villela, Elídia e Teolina, casaram-se com dois irmãos Leovegildo de Mendonça Uchôa, advogado, e Theodomiro de Mendonça Uchôa, engenheiro. A estação “Monteiros” foi construída em parte da área herdada pela quarta filha do casal Ana Claudina e Luiz Antonio, Genoveva Honória Diniz Junqueira, que foi casada com Joaquim Costa Monteiro, grande fazendeiro.  A Estação “Vila Albertina” foi construída, pela família Silva Prado, no interior da Fazenda Guatapará, quando esta já lhe pertencia. Por sua vez,  a Estação Guatapará foi construída no interior do já Distrito. Por fim, já extinto o tráfego pelo ramal, no dia 13/06/1972, foi iniciada a retirada dos trilhos que atravessavam os bairros Vila Tibério, República e Vila Virgínia, pois atrapalhavam a mobilidade. 

VEJA  SOBRE A ESTAÇÃO “SILVEIRA DO VAL”

http://www.estacoesferroviarias.com.br/s/silvval.htm

VEJA SOBRE A ESTAÇÃO “JOAQUIM FIRMINO”, LINK:

 http://www.estacoesferroviarias.com.br/j/jofirmino.htm

VEJA UM VÍDEO SOBRE A ESTAÇÃO “FRANCISCO MAXIMIANO”, LINK:

http://www.estacoesferroviarias.com.br/f/francmaxim.htm

VEJA UM LINK DA ESTAÇÃO "DOMINGOS VILLELA"

http://www.estacoesferroviarias.com.br/d/domvilella.htm

VEJA UM LINK DA ESTAÇÃO "MENDONÇAS"

 http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/mendoncas.htm

VEJA UM VÍDEO DO QUE RESTOU DA ESTAÇÃO “MONTEIROS”, LINK:

http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/monteiros.htm

VEJA UM VÍDEO DO QUE RESTOU DA ESTAÇÃO "VILA ALBERTINA"

http://www.estacoesferroviarias.com.br/v/vlalbertina.htm

VEJA VÍDEOS DA ESTAÇÃO DA CIA. MOGIANA, EM GUATAPARA-SP

https://www.youtube.com/watch?v=MR4N7NzD6LM

https://www.youtube.com/watch?v=q7fULszGaL4