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VOCÊ SABIA...que, no dia 03 de março de 1931, a Prefeitura firmou com o Sr. José da Cruz Horta contrato de arrendamento da Chácara Olympia, no Morro do Cipó (atual Bosque Municipal)?  A primeira vez que essa área apareceu nos registros históricos de Ribeirão Preto foi em 04/03/1899.  Na época, o vereador Cel. Francisco Schmidt sugeriu um acordo amigável ou a desapropriação da Mata do Morro do Cipó (que era o então nome do atual Morro de São Bento), que fazia parte da então denominada “Chácara Olympia”. O proprietário era Olímpio Rodrigues Antunes, o qual, por sua vez, a adquirira do Dr. Manuel Joaquim Pinto de Souza.  Após a morte do proprietário, o Poder Público Municipal, em 1906, através do prefeito interino Augusto Ribeiro Loyola (Dr. Loyola) adquiriu a área por 30 contos de réis, junto à viúva e herdeiros. Originalmente, era a área de 360.413 m2 (cerca de 15 alqueires). localizada no Morro do Cipó, desde a margem direita do Córrego do Retiro (Saudoso) até aquela que é hoje  a rua João Bim. E da atual rua Tamandaré até a hodierna Av. Meira Jr. Foi preservada como área pública, pela Municipalidade a área hoje ocupada pelo Bosque Municipal, pelo Parque Municipal do Morro do São Bento e pelo Complexo da Cava do Bosque. O restante da área  foi cedida para a PIA UNIÃO DIOCESANA DE SANTO ANTONIO, que, primeiramente, a repassou para a Ordem Escalabriniana, que nela construiu o edifício que seria o HOSPITAL ITALIANO, mas como o empreendimento frustrou-se,  tornou a repassá-la para a Ordem Olivetana, que a ocupou com o  Mosteiro de São Bento, com o Santuário das 7 Capelas e com toda área daquele que é hoje o Bairro Jardim Mosteiro (loteado pelos Olivetamos). Em sua área, enquanto não foram construídas as benfeitorias hoje existentes, a Municipalidade preservou uma parte da mata constituindo o "HORTO FLORESTAL" e também instalou ali uma "Linha de Tiro". Igualmente, ainda na sua área, a Municipalidade firmou dois contratos de arrendamentos. O primeiro, em 03/09/1910 , com Lino Engrácia de Oliveira, por 10 anos, e o segundo aquele objeto desde texto. O primeiro arrendatário utilizou a área, principalmente para extrair pedras e piçarras, iniciando a "Cava do Bosque" e o "Santuário das 7 Capelas".  Com o passar do tempo, a Prefeitura Municipal igualmente cedeu as áreas para a construção das dependências do  SESI, do SENAC, de LOJA MAÇÔNICA e da VILA KENNEDY (núcleo habitacional para servidores municipais, que fica atrás do Senai, inicio da Rua Dom Luiz do Amaral Mousinho com a Rua Roberto Mange). Voltando à questão do arrendamento, depois de vencido o primeiro contrato, até o início da década de 1930, o local estava sendo objeto de ocupações irregulares, extração clandestina de materiais e incêndios. Portanto, em 1931, ainda impossibilitada de conservar o local, a Municipalidade aceitou propostas de arrendamento da Chácara Olympia. Aquela apresentada por José da Cruz Horta comprometia-se a executar inúmeros melhoramentos no local, além do plantio de mais de 2.000 roseiras e 4.500 plantas frutíferas, deixando a pedreira para uso exclusivo da Prefeitura. Por outro lado, Lázaro de Moraes Leite e Joaquim Rangel também apresentaram propostas, nas quais se comprometiam igualmente a empreender melhoramentos no local, no entanto a exploração da pedreira ficaria por conta deles. Talvez em função deste particular -  o uso da pedreira -  uma vez que eram dali retiradas as pedras para o calçamento das ruas da cidade, a Municipalidade houve por bem firmar o arrendamento com José da Cruz Horta. Todavia, por volta de 1933, uma série de denúncias de descumprimento do contrato passaram a pesar sobre José da Cruz Horta. A primeira irregularidade apontada foi a retirada da cerca divisória com os terrenos da Pia União Diocesana de Santo Antônio (parte da área posteriormente cedida aos padres Olivetanos) e culminou, no ano de 1937, com a acusação de que o arrendatário estaria derrubando a floresta de eucaliptos. A partir desta última denúncia o Prefeito da época, Sr. Fábio de Sá Barreto determinou que os soldados do Corpo de Bombeiros ficassem de guarda junto ao Bosque para evitar novas ações predatórias e empenhou-se, pessoalmente, numa batalha jurídica com o objetivo de rescindir o contrato de arrendamento. Conquistada a rescisão, a Prefeitura voltou a administrar a Chácara Olympia, quando então novo direcionamento foi dado ao destino do Morro do Cipó, justamente o de Bosque Municipal, tendo, por essa razão, recebido o nome de “Fábio Barreto”. Em 1942 foi feito o Zoológico, com aquário, orquidário, bar e restaurante, museus zoológico e mineralógico. O prefeito José de Magalhães deu prosseguimento a esse trabalho, adquirindo animais e transformando o local num expressivo centro de lazer até hoje apreciado pela população.