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VOCÊ SABIA...que, em 31 de julho de 1887, foi inaugurado o NÚCLEO COLONIAL SENADOR ANTÔNIO PRADO?  Na ocasião,  o local contava com apenas 09 colonos alemães. Ao término do ano, já havia 111 colonos, sendo a maioria italianos, distribuídos em 23 lotes.   Objetivou fixar na terra o imigrante e adestrar mão de obra para a lavoura, sobretudo na época da safra de café. Compreendia a área confiscada ao Cel. Gabriel Garcia de Figueiredo, em 27/12/1878, pela Justiça em  favor do Governo Imperial e cedida ao Ministério da Agricultura, bem como terras devolutas, num total de 1.455 hectares (601 alqueires) dividida em 196 lotes (chácaras), situados em 04 Seções e Sede, cada um tendo a área média de 2 alqueires, adequada para viabilizar a atividade produtiva e o sustento da família. A 1ª. seção (165ha-21 lotes) corresponde, hoje, ao bairro Sumarezinho. A 2ª. seção (660ha-68 lotes) e a sede (90ha-64 lotes), ao bairro Ipiranga. A 3ª seção (240ha-21 lotes), ao bairro Campos Elíseos e a 4ª. seção (300ha-28 lotes), ao Jardim Paulistano.  O nome foi uma homenagem ao advogado, agricultor, político e empresário Antônio da Silva Prado, que incentivou a imigração italiana e que, juntamente com seu irmão Martinho (Martinico) da Silva Prado Jr. investiu muito nesta região de Ribeirão Preto. Para adquirir um título provisório era preciso fazer um requerimento ao Presidente da Província de São Paulo, identificando-se e justificando o pedido. O pedido se processava perante a Inspetoria Especial de Terras e Colonização. Havia uma análise por parte de um engenheiro. Esse título era registrado em um livro.  O título definitivo era concedido após dois anos, verificado o cumprimento do pagamento e das obrigações contidas no ato de concessão, sobretudo a produção rural, mas compreendendo inclusive construção de casas, estradas e pontes. Os países de origem dos primeiros requerentes foram: Itália (96), Portugal  (16), Alemanha (11), Espanha (08), Brasil (05), Bélgica (02), França (02), sem indicação (43), perfazendo o total de 183. Dentre as famílias italianas pioneiras, aparecem nomes conhecidos como, Bertoldi, Bertolini, Bevilacqua, Borsato, Brussolo, Codognato, Crosara, Esperandio, Fàvero, Franzotti, Geraldi, Giachetto, Giroldo, Girotto, Golfeto, Luchesi, Marcussi, Menegon, Moro, Pascoale, Piovesan, Pollo, Rivoiro, Romano, Stefanelli, Vidotto, Zerbetto. Na sede, havia um “Barracão”, onde funcionava o escritório e era a hospedaria, e que desapareceu em um incêndio, daí que a estação ferroviária, em 1°/06/1900, recebeu o nome de “Barracão”. A diversidade de culturas praticadas pelos colonos contribuiu para o abastecimento das fazendas de café e da cidade com legumes, verduras e cereais.  Em mapa de 1884, estavam demarcados três acessos da cidade para o Núcleo, sendo, para a Sede e 1ª. Seção, pela atual rua Duque de Caxias em direção à atual Vila Tibério, passando pelas propriedades de Rodrigo Pereira Barreto (depois  Martinho Prado-Antarctica); para as 3ª. e 4ª. seções, pela rua Saldanha Marinho e avenida da Saudade; outro, pelo prolongamento da atual Visconde de Inhaúma. Nesses acessos, foram construídas pontes para ultrapassagem dos córregos Ribeirão Preto e Retiro Saudoso. Seis anos após a sua implantação 160 colonos já haviam cumprido com as suas obrigações. Assim, através do Decreto 225, de 30/12/1893, firmado pelo presidente do Estado de São Paulo, Bernardino de Campos, o Núcleo Antônio Prado foi emancipado, perdendo o caráter oficial, podendo as suas terras serem comercializadas no mercado imobiliário, o que aconteceu, vindo a ser ocupadas por serviços públicos, indústrias, estabelecimentos comerciais e casas de operários. Igualmente a Municipalidade passou a lançar impostos, autorizar reloteamentos e proceder a abertura de novas ruas.  A divisão em lotes menores e construção de moradias, casas comerciais e indústrias, embora tenha se iniciado antes, recrudesceu, principalmente, a partir da década de 1920, após a morte dos primeiros proprietários e a partilha das terras entre os herdeiros. Igualmente o processo higienista da “Petit Paris” levou a construção na área do Núcleo do Cemitério, do necrotério, do Leprosário (Lazaretto), asilos, orfanatos e  hospitais. O Cemitério da Saudade ocupou o lote 16, da 3ª. Seção. Dentre as indústrias que foram ali instaladas as principais foram:  Eletro Metalúrgica, Matarazzo, Moinhos Santista, Anderson Clayton, Soc.Agr. Luis Pinto, Edison Leite de Morais, Refinaria Ipiranga, Uchoa & Cia. Ltda., Gino Alpes, Frigorífico Morandi, Cerâmica São Luiz, dentre outras.

(texto elaborado com informações colhidas no livro “Campos Elíseos e Ipiranga Memórias do Antigo Barracão”, de autoria de Adriana Capretz Borges da Silva) 

VEJA SINOPSE DO LIVRO "Campos Elíseos e Ipiranga Memórias do Antigo Barracão":

http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=R&idCity=24&idCategory=8&idBook=676

VEJA O TEXTO COMPLETO DO TRABALHO ACADÊMICO "Formação e Desenvolvimento do Núcleo Colonial Antonio Prado em Ribeirão Preto", transformado posteriormente no livro acima, no link:

https://silo.tips/download/formaao-e-desenvolvimento-do-nucleo-colonial-antonio-prado-em-ribeirao-preto-sp

VEJA VÍDEO DA ESTAÇÃO "BARRACÃO", DA CIA. MOGIANA, ONDE DESEMBARCAVAM OS IMIGRANTES:

https://www.youtube.com/watch?v=OEYFPdNDlAk

VÍDEO DO CURSO DE “HISTÓRIA DE RIBEIRÃO PRETO – PROF. JOSÉ ANTONIO LAGES – MÓDULO II– ENCONTRO 2 –

https://www.youtube.com/watch?v=2gKoQhlU6bg&t=518s

VEJA VÍDEOS SOBRE OS BAIRROS QUE SURGIRAM DO NÚCLEO COLONIAL ANTONIO PRADO

BAIRRO CAMPOS ELISEOS – Ep. 01 - MIS

https://www.youtube.com/watch?v=L5WNzXu3OYk

BAIRRO CAMPOS ELÍSEOS -Ep. 02 – MIS

https://www.youtube.com/watch?v=Omdvq_fQ0qg

BAIRRO IPIRANGA – Ep.01 – MIS

https://www.youtube.com/watch?v=2OCpPCuMrxQ

BAIRRO IPIRANGA – Ep.02 – MIS

https://www.youtube.com/watch?v=oApoPx6cFmo